quinta-feira, 5 de março de 2009

17º dia de viagem - 19/01/2009

Hoje é um novo dia!

Acordei com o seguinte pessamento: "Agora estou de férias, não vou me estressar com mais nada"

Segui para Praza de Armas afim de trocar alguns dolares por soles, proucuramos por algumas agências até encontrar uma que pagava um pouco mais, em seguida fomos fazer algumas fotos do ultimo dia.

Falei com Mônica que teriamos problemas para completar o trajeto no dia de hoje, pois teriamos que ter saido as 06:00 da manhã, mas não iria cobrar isso de ninguém, ficamos por ali fotografando tudo, até mesmo o cacahorro que por lá apareceu.



Roteiro do dia:

Cuzco - Abra La Raia - Ayaviri - Pucara - Puno - Desaguadeiro - La Paz

É claro que no fundo eu ficava preocupado, me lembrava da noite que passei no hotel em Juliaca, justamente pelo falo de sair tarde do Hotel.

Já se passava da 11:0 da manhã quando o ultimo retornou ao hotel para se juntar ao grupo e colocarmos o carro na estrada.

A parte mais difícil de uma viagem são as despedidas, foi díficil para todos deixar o hotel Santa Rosa de Lima, principalmente pela gerente que nos tratou com tanto carinho, no fim ainda nos presenteou com várias lembranças que a mesma confeccionava, ganhei uma toca colorida, que usei até a chegada em La Paz. Depois de fotos e acertos o grupo tava pronto pra seguir viagem.



Enfim na estrada!

Saimos de Cuzco por volta de 12:00, seguimos até Ayaviri, passando é claro em Abra La Raya para comprar umas lembrancinhas, logo chegamos em Ayaviri e fomos almoçar, a dificuldade era achar um bom restuarante para comermos, é claro que tinha a opção de comer Kankacho. mas a galera não estava muito afim de encarar novamente, entaum fomos até um restaurante com fotos de vários tipos de carne.

Imagine a cena, estavamos em um restaurante com cara de churrascaria, num povoado no meio do nada, o restaurante era grande, bem arejado, com tolhadas quase branca, foram brancas um dia, o garçom era um garoto com uns 18 anos que não falava muito bem o espanhol, com meu espanhol um pouco melhor chamei o jovem rapaz e pedi que me trouxe a carta (menu), e ele gentilmente disse que só teria frango, perguntei se não havia outro tipe de carne e ele me respondeu que era dia de folga do cozinheiro e que só teria frango, risos, bom passei para o resto do grupo as opções, e então pedi frango para todos, como toda refeição, e essa não foi diferente, muita confusão para escolher, a Monica revistava os talheres para saber se estavam limpos, eu esperei tranquilamente meu frango, quando chegou notei que ainda estava muito mal passado, mas não estava afim de tentar descobrir como falar para o rapaz assar melhor meu frango, até conseguir isso iria ficar pior o frango, então comecei a comer aquilo, fui o primeiro a comer e logo em seguida me levantei e deixei o grupo no restaurante, fui até a Prelatura para tentar falar com o Renzo, a Prelatura estava fechada, voltei para o carro e fiquei esperando o grupo acabar sua deliciosa refeição de frango meio cru.

Seguindo viagem.

PUCARA

Paramos em Pucara uma cidadezinha aonde o prédio mais alto era o da igreja, as casa na sua maioria em tijolo sem acabamento, lá vive decendentes de índios que assim como o rapaz no restaurante também não falam bem espanhol, logo que entramos na cidade um garotinho veio ao nosso encontro nos oferecendo TORITOS, eu agradeci mais não comprei nesse promeiro momento, demos uma volta até achar uma senhora que nos atendeu com muito carinho, uma velha índia, com cabelos grisalhos e que não sabia falar quase nada em espanhol, foi com essa senhora que compramos muitos dos presentes que levariamos para casa.



Esclarecimentos:

  • Os peruanos descendentes de índios falam Quechua, segundo eles idioma dos inkas;
  • Toritos são touros de argila feito por eles para espantar os espíritos ruins, segue a foto.
Esse dia será longo!

Após essa parada em Pucara o grupo continuou o caminho em direção a Desaguadeiro, tinhamos a informação que era um caminho mais curto até La Paz na Bolívia, as paisagens na estrada são um tempero especial à nosso aventura, durante esse caminho uma coisa nada comun de se ver no Brasil e na Bolívia aconteceu.

Estamos quase no fim da tarde quando setimos um pneu furado, paramos num posto na estrada e tentamos enchê-lo para chegarmos até o borracheiro mais perto, continuamos com pneu vazando e que esvaziou totalmente no meio de uma BLITZ POLICIAL, pois é, dessa vez não precisou mandar parar, iamos parar de qualquer jeito mesmo, paramos o carro ao lado da blitz e um policial veio até noís e avizou que nosso pneu estava furado, perguntamos a ele aonde haveria um borracheiro e ele disse que não encontrariamos por ali, teriamos que andar bastante, que o melhor a fazer e trocar pelo reserva, eu mostrei para ele a mala do carro cheia de bagagem e ele GENTILMENTE começou a retirar a bagagem, em seguida um outro policial se aprocimou e começou a tirar o estepe, o Osiel retirou a roda, o policial colocou no lugar e em menos de 10 minutos estavamos prontos para continuar.

Fiz questão de narrar esse fato, pois achei que isso seria ideal em qualquer lugar do mundo, não trocar os pneus, mas ser gentil e atencioso com o outro.

NOTA 10 para a polícia peruana.

E lá vamos noís outra vez.

Era um pouco mais de 19:00 horas quando o os ultimos raios de sol iluminaram a estrada, a noite estava chegando, e no horizonte era possivel ver uma grande tempestade se aproximando, avisei ao grupo da minha preocupação em não conseguir chegar a Desaguadeiro, e que com tempestade tudo se tornaria mais difícil, dito e feito, quase duas horas no meio da tempestade, em pista que não conheciamos, e sem menor a menor noção de quanto tempo levariamos ainda pra chegar ao destino. Zamilton pediu que parassemos na próxima cidade e continuasse pela manhã o trajeto, e assim começa um velho filme...

...sai tarde não chega cedo, dormi em qualquer lugar.

Chegamos a um lugar chamado ILAVE, não sei nem se posso chamar de cidade, tá mais para vilarejo no meio do nada, a praça da cidade estava repleta de homens com cara de vagabundos e de guarda-chuva nas mãos, nesse monento a tempestade tinha dado uma trégua, senti que para eles nos eramos uma espécie de presa, ou quem sabe prato principal, mais ainda assim tinha que saber aonde ficava o hotel, perguntei a um jovem índio e ele me disse aonde encontrar um hotel, o pessoal permaneceu no carro e eu fui procurar o tal do hotel, no primeio hotel que fui não tinha vaga e o cara me indicou um segundo cujo o nome faço questão de dizer, DON NICO, nunca pare nesse hotel! Nunca! Fui até o Don Nico verifiquei o valor e se havia banho privado e como por fora tava tudo ok, resolvi voltar pro carro e avisar que podiam descarregar a bagagem e seguir para os quartos, passei as chaves para cada um e pedi um garoto no hotel que levasse os motorista até um estacionamento que ele mesmo indicou, disse que os carros não poderiam ficar na rua, pois roubariam tudo que tivesse dentro dele.

Enquanto os carros eram guardados em subi até meus aposentos e descobri que havia um mal cheiro no quarto insuportável, fui até a recepção e pedi pra trocar de quarto, pois o banheiro estava todo sujo de merda, troquei de quarto mas esse não tinha banheiro privado, o banheiro era no corredor e pra todos os hospedes, fui até o quarto dos outros e vi que a situação era muito parecida e tiha até uma lata cheia de papel higiênico estava largada no corredor.

Abri minha mochila, peguei minha parka impermeável, havia notado que a chuva havia aumentado, falei com o Osiel pra avisar o grupo que eu iria atras de outro hotel, nessa hora bate uma coragem na gente que é inexplicável, saí por aquele lugar pavoroso, as ruas estavam cheias d´agua e as pessoas estavam caminhando com guarda-chuvas para lá pra cá, achei naquele momento que eu era o centro das atenções , todo me olhavam, avistei ao longe uma delegacia de polícia e foi lá que fui buscar ajuda, o policial prontamente me ajudou, informou o lugar do hotel e eu fui procurar, alguns minutos depois em baixo de chuva pude observar que o policial estava atras de mim fazendo sinal, parei e esperei por ele, quando se aproximou me avisou que iria comigo para minha segurança, assim se deu o fato, ele me levou até o melhor hotel da cidade, que também não era grande coisa, mas era um pouco menos fedorento, retornei ao outro hotel para avisar que na cidade todos os hoteis eram ruins e melhor seria continuar seguindo viagem até acharmos algo melhor pela frente, o Wiler concordou e voltaram ao estacionamento para pegar os carros e nos ficamos embaixo da marquize para esperar, lembro a sensação ruim de ficar num lugar feio, sujo e de baixo da marquize, demou uns 30 minutos até o Wiler e o Zamilton aparecer com umas motos adaptadas dizendo que não tia como pegar os carros, pois o estacionamento só abriria as 06:00 da manhã, entramos naqueles veículos engraçados e seguimos para o hotel menos ruim.

MOTO ADAPTADA


FACHADA DO HOTEL
Chegando ao hotel o rapaz que toma conta foi me mostrar o quarto, juro, vi um rato saindo de dentro do quarto, o quarto parecia que não era aberto a uns 5 dias, tava fedendo a urina de rato.

O Zamilton arrumou uma amigo no hotel, um Sr. que se diz ser engenheiro de rodovia e que estava temporariamente morando naquele hotel, o que mais chamou a atenção foi a pistola 9mm na cabeceira da cama, ele disse que já tinha usado para espantar assaltantes, disse que não podia viver ali sem uma arma.

Fui dormir de roupa e tudo, pois não ia correr risco de me enrolar na naquelas cobertas.

Enfim o dia acabou.

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